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 Inovação e criatividade - Metodologias ativas e modelos híbridos

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Metodologias para aprendizagem ativa

Qualquer processo de inovação e transformação deve começar com uma consciência do contexto e das suas necessidades. Na educação atual, o ponto de partida para a transformação é o paradigma de conteúdo, colocado no centro do processo educacional, com transmissão pelo professor com a ajuda dos livros didáticos. Assim, é preciso refletir sobre a predominância do paradigma de conteúdo, as suas consequências e o seu fracasso diante dos requisitos da escola do século XXI. A alternativa a esse paradigma de conteúdo é o paradigma de ação, dentro do qual a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é desenvolvida. Durante os últimos anos, esta metodologia foi reforçada pelo impacto da tecnologia digital e pela necessidade de oferecer aos nossos alunos novas experiências e oportunidades de aprendizagem significativas e memoráveis.

O desenvolvimento de competências-chave é uma exigência normativa e social no século XXI que exige processos de ensino que vão além da instrução direta.

A aprendizagem baseada em projetos é uma proposta eficaz para o desenvolvimento de competências-chave por meio de um fluxo de trabalho comprovado numa ampla variedade de contextos e condições diferentes. Esta metodologia não é nova muitos dos seus princípios encontram raízes nos trabalhos de teóricos da educação como Ausubel, Bruner, Dewey, Piaget e Rogers.

Três princípios fundamentais sobre a aprendizagem

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Do paradigma de conteúdo para o paradigma da ação

Ninguém nega a importância da didática e do papel docente no processo de ensino-aprendizagem em qualquer nível de ensino. A pertinência da escola enveredar por práticas educativas mais modernas e participativas é reflexo de uma sociedade globalizada e informatizada.

As metodologias usadas em contexto educativo precisam de acompanhar os objetivos educacionais pretendidos. Se queremos que os alunos sejam mais dinâmicos e proativos, temos de adotar metodologias em que os alunos se envolvam nas atividades curriculares e em temas e problemas atuais, cada vez com resoluções mais complexas. Precisamos de lhes proporcionar atividades em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes e diversificados. Se queremos que os alunos sejam criativos, então precisam de experimentar inúmeras novas possibilidades para  mostrar a sua iniciativa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Neste contexto, enquadram-se as metodologias ativas que surgem como formas de desenvolver o processo educativo na busca de desenvolver e conduzir a formação crítica de futuros profissionais nas mais diversas áreas.

As metodologias ativas são pontos de partida para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas (Moran, 2015) e ajudam na formação crítica dos alunos.

A utilização dessas metodologias pode favorecer a autonomia dos alunos, despertar a curiosidade, estimular a tomadas de decisões individuais e coletivas, provenientes da sociedade ou da realidades dos alunos .

Lição de jardinagem
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Desafios

Para Morán (2015), a melhor forma de aprender é combinar equilibradamente atividades, desafios e informação contextualizada. Os desafios e as atividades devem ser doseados, planeados e acompanhados e avaliados com apoio de tecnologias digitais. Os desafios bem planeados contribuem para mobilizar as competências desejadas, intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais. Exigem pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns riscos, aprender pela descoberta, caminhar do simples para o complexo. Os alunos precisam de acompanhamento para se tornarem conscientes dos processos, para estabelecerem conexões não entendidas, para superar etapas mais rapidamente  e para os confrontar com novas possibilidades.

Etapas da ABP

(1) explorar o problema, levantar hipóteses, identificar e elaborar as questões para pesquisar;

(2) tentar solucionar o problema com o que se sabe;

(3) identificar o que não se sabe e o que é preciso saber para solucionar o problema;

(4) priorizar as necessidades de aprendizagem, estabelecer metas e objetivos e alocar recursos para saber o que, quanto e quando é esperado e determinar as tarefas cada elemento;

(5) planear, delegar responsabilidades para o trabalho autónomo;

(6) partilhar eficazmente o novo conhecimento para que todos aprendam os conhecimentos pesquisados pela equipa;

(7) aplicar o conhecimento para solucionar o problema; 

(8) avaliar o novo conhecimento, a solução do problema e a eficácia do processo utilizado e refletir sobre o processo;

(9) divulgar o produto final.

Pedagogia - A arte e a ciência de ensinar

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